A previsão de um período prolongado de tempo seco e quente no Centro-Norte do Brasil, incluindo o Mato Grosso, se confirma, conforme apontam especialistas. A situação de estiagem se agrava em diversas regiões, impactando a agricultura e os recursos hídricos.
A estiagem afeta severamente o interior de Minas Gerais, Mato Grosso, e áreas do MATOPIBA (Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia), além do Sul do Pará, Rondônia e Sul do Amazonas. As temperaturas estão significativamente acima da média, aumentando a preocupação com a seca e suas consequências.
“Estamos observando um padrão climático que se estende além das fronteiras do Brasil, afetando também países vizinhos como Bolívia e Paraguai”, afirma o climatologista Dr. João Silva. Ele destaca que a combinação de altas temperaturas e a falta de chuvas cria um cenário desafiador para a agricultura e o abastecimento de água.
Por outro lado, as regiões Sul e Sudeste podem experimentar um alívio em breve. As projeções meteorológicas indicam uma alta probabilidade de chuvas a partir do dia 27 de setembro, especialmente em Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, São Paulo e Paraná.
As chuvas, que devem ocorrer em um padrão típico de primavera, poderão vir acompanhadas de trovoadas localizadas. No entanto, os acumulados esperados são modestos, com volumes pontuais de até 10 mm em estados como Santa Catarina e Paraná.
Apesar da expectativa de chuvas, especialistas alertam para a necessidade de monitoramento constante. “As pancadas podem ser isoladas e não resolverão de imediato a situação de seca em muitas áreas. É fundamental que as comunidades se preparem para possíveis impactos”, conclui Dr. Silva.
A situação climática ressalta a importância de medidas de conservação de água e planejamento agrícola em um cenário onde a variabilidade climática se torna cada vez mais evidente. Com a chegada da primavera, a esperança é de que as chuvas tragam um alívio necessário, mas a adaptação às novas realidades climáticas continua sendo um desafio.
