O estado de Mato Grosso registrou 547 focos de calor nas últimas 24 horas, de acordo com o Programa BDQueimadas do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). A última atualização foi feita às 17h30, e os dados são provenientes do Satélite de Referência (Aqua Tarde), usado para monitoramento ambiental.
Entre os biomas mais afetados, o Pantanal é o mais crítico, concentrando 285 desses focos de calor. A Amazônia mato-grossense também está em alerta, com o mesmo número de registros, enquanto o Cerrado contabilizou 113 pontos. Esses números alarmantes destacam a vulnerabilidade da região frente às condições climáticas e à possível ação humana.
O Pantanal, um dos biomas mais ricos em biodiversidade do mundo, sofre há anos com as queimadas, que impactam a fauna, flora e comunidades locais. As queimadas no bioma amazônico também chamam a atenção global, dado o papel crucial da Amazônia na regulação do clima e na absorção de dióxido de carbono.
Especialistas apontam que os focos de calor, muitas vezes, estão relacionados a práticas agrícolas não regulamentadas, como desmatamento e uso do fogo para limpeza de pastagens. No entanto, as condições climáticas, como períodos de estiagem prolongada, agravam o cenário, facilitando a propagação das chamas.
Diante do cenário, autoridades ambientais têm intensificado os esforços de fiscalização e controle das queimadas. O governo estadual, em parceria com entidades ambientais, já decretou períodos de proibição de queimadas em áreas críticas e lançou campanhas de conscientização sobre os riscos do fogo fora de controle.
Além das ações locais, o monitoramento via satélite do Inpe é uma ferramenta essencial para mapear e antecipar focos de calor, permitindo que brigadas de incêndio sejam acionadas rapidamente para conter as chamas antes que se tornem incontroláveis.
Com a chegada da estação seca em várias regiões do Brasil, a tendência é que os focos de calor aumentem, especialmente em áreas de vegetação densa e de fácil combustão. Em Mato Grosso, um estado que abrange três biomas (Amazônia, Cerrado e Pantanal), a situação pode se agravar se medidas preventivas não forem eficazmente implementadas.
Os dados divulgados pelo Inpe servem de alerta para a gravidade da situação ambiental em Mato Grosso e reforçam a necessidade de ações coordenadas entre governos, organizações ambientais e a sociedade civil para proteger as riquezas naturais do estado e evitar danos irreparáveis aos biomas que ali existem.
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