A seca e as queimadas que afetam o Brasil, especialmente nas regiões Sul e Centro-Oeste, têm causado atrasos no plantio da soja nos estados do Paraná e Mato Grosso, que são as principais áreas produtoras da commodity.
O Brasil registrou 159.411 focos de calor até o momento, o que representa um aumento de 100% em relação ao mesmo período em 2023, que houve 79.315 focos, de acordo com o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais, o INPE.
No último mês, foram registrados 68.635 focos de queimadas no país, com o Mato Grosso liderando com 14.617 focos, obtendo um número seis vezes superior aos 2.626 focos do ano passado.
No Centro-Sul do estado de Mato Grosso, os índices de umidade estão relativamente baixos, com 6,5 com o esperado sendo entre 20 e 30% e com isso, é considerado extremamente arriscado iniciar o plantio de soja nessa época, mesmo com probabilidade de chuvas futuras.
Mato Grosso ficará sem chuvas até o final do mês
Os meteorologistas preveem que não haverá chuva na região Centro-Leste do estado do Mato Grosso nos próximos 15 dias, orientando que “os produtores devem acompanhar de perto as previsões meteorológicas antes de tomar decisões”.
Setembro deve terminar como o mês mais seco do ano em quase todo o Brasil. No Mato Grosso, algumas áreas podem enfrentar até 200 dias sem chuva. Segundo Bini, um possível alívio pode ocorrer no final do mês.
De acordo com especialistas em soja, os produtores de soja não devem se preocupar com as queimadas, mas sim com a seca no inicio de cada plantio, já que as chuvas são essenciais para umedecer o solo e facilitar que a água seja absorvida pelas raízes.
O que se espera é que a onda de calor que vem tomando conta de todo o estado do Mato Grosso se encerre ao final do mês de setembro e os produtores sejam liberados para realizarem o plantio da soja na região.
Deixe uma resposta