As chuvas persistentes que têm atingido as regiões norte e leste de Mato Grosso estão gerando sérios problemas para a colheita de soja da safra 2024/2025.
De acordo com Diego Bertuol, diretor administrativo da Aprosoja (Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso) e produtor rural, o estado conseguiu concluir apenas 3% da colheita até o momento, um ritmo significativamente mais lento do que o esperado, causado pelo excesso de chuvas.
As precipitações já se estendem por mais de 20 dias consecutivos, resultando em desafios que comprometem tanto a qualidade quanto a quantidade dos grãos colhidos. O excesso de umidade tem prejudicado o desenvolvimento dos grãos e gerado uma estimativa de 20% de soja avariada nas áreas mais afetadas. Embora esse impacto seja notável, ainda não há uma avaliação consolidada sobre os danos em todo o estado.
A Aprosoja destaca a importância de os produtores utilizarem os programas de suporte disponibilizados pela entidade, que incluem um canal exclusivo para assistência e orientação em momentos críticos como este. Esses recursos podem ser essenciais para mitigar as perdas e auxiliar na tomada de decisões estratégicas.
Em comparação com o mesmo período do ano anterior, o ritmo atual da colheita está aproximadamente 15% abaixo do registrado, evidenciando os impactos das condições climáticas adversas. Além disso, o atraso no processo de colheita da soja deve afetar o calendário do plantio do milho safrinha, que precisará ser adiado.
Apesar desse cenário desafiador, as regiões sul, médio-norte e oeste do estado têm conseguido manter a colheita dentro da normalidade, oferecendo algum alívio aos produtores dessas áreas. No entanto, a situação nas regiões norte e leste reforça a necessidade de estratégias para lidar com as variações climáticas, que seguem como um desafio constante para a agricultura mato-grossense.
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