Chuva de Janeiro de 2025 jnunda regiões do Brasil e alerta para temporais no verão

Chuvas e trovoadas em Cuiabá hoje
Chuvas e trovoadas em Cuiabá hoje - Foto: Canva

As intensas chuvas de janeiro de 2025 têm causado transtornos em diversas regiões do Brasil, especialmente no Sudeste, Centro-Oeste, Norte e Nordeste. Este período do ano é historicamente conhecido por fortes pancadas de chuva, devido à combinação de fenômenos meteorológicos como a Zona de Convergência do Atlântico Sul (ZCAS), a Zona de Convergência Intertropical (ZCIT) e a predominância de ar quente e úmido, que favorece a formação de nuvens carregadas com grande potencial para temporais.

As condições climáticas do momento são propícias para a ocorrência de volumes extremos de precipitação, com acumulados que podem facilmente ultrapassar 100 milímetros em apenas 24 horas.

Essa quantidade de chuva é resultado de fatores como frentes frias, circulação de ventos que concentram umidade em áreas costeiras e o impacto direto da ZCAS e da ZCIT. Para se ter uma ideia, só na primeira quinzena de janeiro, cidades em dez estados brasileiros já registraram volumes acima desse limite.

Entre os destaques desse início de 2025, São Luís, no Maranhão, encabeça a lista com impressionantes 196,6 milímetros de chuva acumulados entre os dias 13 e 14 de janeiro.

Em Minas Gerais, o município de Unaí também enfrentou um cenário extremo, com 162,1 milímetros entre 7 e 8 de janeiro. Outras cidades, como Turiaçu, no Maranhão, Goiânia, em Goiás, e Tangará da Serra, no Mato Grosso, também registraram chuvas acima de 130 milímetros em períodos semelhantes.

Essa situação reforça o impacto do verão brasileiro, uma estação marcada por volumes significativos de chuva. Especialistas apontam que o fenômeno La Niña está contribuindo para a formação de extensos corredores de umidade que ligam o Norte ao Sudeste, intensificando ainda mais a atuação da ZCAS. E com o verão apenas começando, a previsão é de que mais chuvas volumosas atinjam o território nacional até o final da estação.

Para dimensionar o que significa uma chuva de 100 milímetros em 24 horas, basta imaginar uma caixa com um metro de altura e um metro de largura em cada lado, onde uma pessoa poderia ficar em pé. Se colocarmos um litro de água nesta caixa, o nível de água subiria apenas um milímetro, mal molhando a sola dos pés.

Agora, ao despejarmos 100 litros, o nível sobe para 10 centímetros, o suficiente para submergir completamente os pés de uma pessoa. Em um ambiente aberto, essa quantidade de água pode transformar ruas em rios, inundar áreas urbanas e causar sérios prejuízos.

O verão de 2025 já dá sinais de que será marcado por volumes históricos de precipitação, exigindo atenção redobrada das autoridades e da população. Com a previsão de mais chuvas intensas, é essencial adotar medidas preventivas para minimizar os impactos das enchentes e temporais nas regiões mais vulneráveis.

Jornalista, escreve diariamente para o portal CenárioMT, atua nas categorias de Clima e Tempo. Possui experiência em produção textual e, atualmente, dedica-se à redação do CenárioMT produzindo conteúdo de alta qualidade aos nossos leitores.