Nas últimas 24 horas, Mato Grosso registrou 527 focos de calor, conforme dados do Programa BDQueimadas do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). A informação foi atualizada às 17h30 e destaca a severidade dos incêndios que vêm afetando três importantes biomas brasileiros: Pantanal, Amazônia e Cerrado.
O Pantanal, que enfrenta uma de suas piores temporadas de queimadas nos últimos anos, concentra a maior parte dos focos, com 272 ocorrências. A Amazônia também segue em alerta, com 151 focos registrados, refletindo o contínuo desmatamento e degradação ambiental na região. O Cerrado, que já é um bioma altamente impactado pela agropecuária e a expansão agrícola, contabilizou 104 focos de calor.
Os dados foram coletados pelo Satélite de Referência Aqua Tarde, utilizado pelo Inpe para monitorar e mapear as áreas afetadas pelo fogo em todo o Brasil. Esse cenário alarmante evidencia a necessidade urgente de ações de combate às queimadas, especialmente nas regiões onde o impacto ambiental é mais severo.
Além das perdas ambientais, os incêndios também trazem consequências diretas para a saúde humana e a economia local, com prejuízos à agricultura, pecuária e turismo. O Pantanal, por exemplo, que é reconhecido como um dos maiores santuários de vida silvestre do mundo, está sob ameaça constante, colocando em risco espécies endêmicas e ecossistemas frágeis.
A rápida expansão dos focos de calor no estado reflete não apenas a seca prolongada e as condições climáticas adversas, mas também a falta de fiscalização e políticas públicas efetivas para conter as queimadas ilegais e a degradação dos biomas. Especialistas alertam para a necessidade de reforço das operações de combate ao fogo, além de medidas preventivas que envolvam a conscientização de produtores rurais e a preservação das áreas naturais.
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