Entre os dias 19 e 23 de março de 2025, o Brasil registrou um cenário climático bastante desigual. Enquanto grande parte da Região Norte, o Maranhão e o norte do Piauí enfrentaram chuvas intensas com volumes superiores a 50 mm, outras regiões do país praticamente não receberam precipitação significativa.
Áreas do Mato Grosso, Minas Gerais, o leste de Goiás e o Distrito Federal também registraram chuvas consideráveis, enquanto estados como a Bahia, o leste do Nordeste, o sul do Mato Grosso do Sul e a Região Sul permaneceram praticamente sem chuva ou com acumulados inferiores a 10 mm.
Na Região Centro-Oeste, a maior parte dos estados teve precipitação abaixo de 50 mm, mas algumas cidades apresentaram volumes mais expressivos. Tangará da Serra, no Mato Grosso, liderou os registros com 117,6 mm acumulados, enquanto Cristalina, em Goiás, anotou 94,2 mm.
No Distrito Federal, a estação meteorológica de Paranoá contabilizou 76,6 mm de chuva no período. Já no Mato Grosso do Sul, os acumulados ficaram muito abaixo da média, com algumas cidades registrando menos de 10 mm, o que preocupa especialmente setores agrícolas e o abastecimento de água.
O contraste entre as regiões reforça a irregularidade das chuvas neste mês de março, impactando diretamente a agricultura e o abastecimento de diversas cidades. Enquanto o Norte do país enfrenta volumes elevados de precipitação, com possibilidade de alagamentos e transtornos urbanos, o Sul e o Nordeste lidam com baixos índices, intensificando problemas como estiagem e dificuldades na produção agrícola.
Para os próximos dias, a tendência é que a instabilidade continue sobre o Norte e o Centro-Oeste, com previsão de mais pancadas de chuva nessas regiões. Já no Sul e em partes do Nordeste, a expectativa é de tempo seco e poucas mudanças no cenário de escassez hídrica.
