Fevereiro de 2025 bate recordes de calor e chuva no Brasil

Fevereiro de 2025 bate recordes de calor e chuva no Brasil
Fevereiro de 2025 bate recordes de calor e chuva no Brasil - Foto: Canva

O mês de fevereiro de 2025 entrou para a história como um dos mais extremos já registrados no Brasil. Enquanto algumas regiões do país enfrentaram temperaturas escaldantes, outras foram castigadas por chuvas muito acima da média.

No Rio de Janeiro, o calor intenso e a falta de chuva marcaram o mês, tornando-o um dos mais secos e quentes da história recente da cidade. Já São Paulo, apesar dos temporais que atingiram a capital paulista, registrou o fevereiro mais quente dos últimos 82 anos. No Rio Grande do Sul, os termômetros chegaram a impressionantes 43,8°C em Quaraí, na fronteira com o Uruguai, estabelecendo um dos recordes do país para o período.

Enquanto isso, estados das regiões Norte e Nordeste enfrentaram uma situação oposta. O avanço da Zona de Convergência Intertropical e padrões específicos na circulação dos ventos em diferentes camadas da atmosfera favoreceram a formação de intensas áreas de instabilidade.

Como resultado, algumas capitais dessas regiões registraram volumes de chuva muito superiores à média histórica para o mês. Porto Velho, em Rondônia, teve o maior acumulado de chuva do país, chegando a 546 mm, um aumento de 73% em relação à média para fevereiro. Já Fortaleza, no Ceará, foi destaque ao apresentar um volume de precipitação 165% acima do normal, acumulando quase três vezes mais chuva do que o esperado para o período.

Os extremos climáticos de fevereiro de 2025 impressionam. O Rio de Janeiro, na região de Marambaia, teve uma das temperaturas mais altas do país, chegando a 41,3°C. Porto Alegre também registrou um mês excepcionalmente quente, atingindo 39,8°C. Florianópolis, Palmas e Vitória completam a lista das capitais mais quentes do período, todas ultrapassando os 36°C. O calor extremo não foi sentido apenas nas capitais, mas também em cidades do interior, com destaque para Quaraí, que marcou a maior temperatura do país no mês.

No quesito precipitação, além de Porto Velho e Fortaleza, outras cidades do Norte e Nordeste também tiveram chuvas muito acima da média. São Luís, no Maranhão, registrou 541,4 mm de chuva, o que fez de fevereiro de 2025 o quinto mais chuvoso da história da cidade desde 1961. Belém, no Pará, também teve um volume elevado de precipitação, atingindo 472,6 mm. No Acre, Rio Branco acumulou 356,2 mm de chuva, o que representa um desvio de 19% acima da média.

Por outro lado, algumas regiões do país praticamente não viram chuva ao longo do mês. Boa Vista, em Roraima, teve apenas 12,8 mm de precipitação, o menor volume entre as capitais brasileiras. Entretanto, essa baixa quantidade de chuva está dentro da normalidade para a região, que tem fevereiro como um mês historicamente seco. Outra capital que teve um mês extremamente seco foi o Rio de Janeiro, que registrou um acumulado de apenas 18,6 mm de chuva, representando um desvio de 86% abaixo da média para o período.

O cenário climático de fevereiro de 2025 evidencia a intensificação dos extremos meteorológicos no Brasil. Enquanto algumas áreas enfrentam temperaturas cada vez mais altas e períodos prolongados de seca, outras lidam com volumes de chuva que causam transtornos e aumentam os riscos de enchentes e deslizamentos. Especialistas alertam que eventos climáticos extremos devem se tornar cada vez mais frequentes, reforçando a necessidade de medidas para mitigar os impactos dessas mudanças no cotidiano da população.

Jornalista, escreve diariamente para o portal CenárioMT, atua nas categorias de Clima e Tempo. Possui experiência em produção textual e, atualmente, dedica-se à redação do CenárioMT produzindo conteúdo de alta qualidade aos nossos leitores.