O plantio do milho da safra 2024/25 em Mato Grosso começou há cerca de duas semanas, mas os resultados iniciais já geram apreensão entre os produtores. Até agora, apenas 1,15% dos 6,83 milhões de hectares projetados para a cultura foram semeados, segundo dados divulgados pelo Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea).
O índice representa um atraso significativo em relação à média dos últimos cinco anos, que é de 11,17%, e também ao desempenho do ciclo anterior, quando o estado já havia atingido 11,23% no mesmo período.
Esse atraso tem como principal motivo o excesso de chuvas em várias regiões do estado, que tem dificultado o avanço das máquinas no campo. À medida que o prazo ideal para o plantio do milho vai chegando ao fim, aumenta a preocupação dos agricultores, que temem impactos na produtividade e na colheita futura. A expectativa inicial para a safra é de 45,846 milhões de toneladas, mas o ritmo lento dos trabalhos pode trazer desafios para alcançar essa meta.
Entre as regiões de Mato Grosso, o médio-norte lidera no plantio com 1,64% da área já semeada. No entanto, o desempenho está bem abaixo do registrado no ano passado, quando essa mesma região já havia plantado 18,77% do total previsto.
O norte do estado aparece em segundo lugar, com 1,59% da área cultivada. Enquanto isso, o centro-sul alcançou apenas 0,90%, seguido pelo noroeste, com 0,86%.
As regiões oeste e sudeste também enfrentam dificuldades, com avanços de apenas 0,79% e 0,78%, respectivamente. Por fim, o nordeste de Mato Grosso apresenta o ritmo mais lento, com somente 0,54% da área dedicada ao milho plantada até agora.
Esse cenário reflete o impacto das condições climáticas adversas, que têm dificultado o planejamento dos agricultores. Apesar disso, o estado segue como um dos principais produtores de milho do país, e os próximos dias serão cruciais para tentar recuperar o atraso e garantir uma safra robusta.
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