Mato Grosso contabilizou 260 focos de calor nas últimas 24 horas, segundo dados do Programa BDQueimadas, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). A última checagem, realizada às 17h, aponta que a maior parte das ocorrências, 231 focos, foi registrada na Amazônia, enquanto 29 ocorreram no Cerrado. As informações foram obtidas pelo Satélite Aqua Tarde, usado como referência pelo instituto.
A situação reforça a preocupação com o avanço das queimadas na região amazônica, um dos biomas mais afetados durante o período de seca no estado. O fenômeno, que se agrava entre os meses de agosto e outubro, é impulsionado tanto por condições climáticas quanto por práticas ilegais de desmatamento e queimadas para abertura de pastagens.
A concentração de 231 focos na Amazônia representa cerca de 89% do total registrado no estado. O bioma já enfrenta pressão crescente por desmatamento, e as queimadas intensificam ainda mais os danos ao meio ambiente, ameaçando a biodiversidade e contribuindo para a emissão de gases de efeito estufa.
Impacto no Cerrado do Mato Grosso
Embora em menor número, os 29 focos no Cerrado são igualmente preocupantes. Esse bioma, muitas vezes considerado a “caixa d’água” do Brasil, sofre com a perda de vegetação e a redução na capacidade de recarga dos aquíferos devido às queimadas.
Monitoramento contínuo
O Satélite Aqua Tarde, utilizado na coleta dos dados, faz parte do sistema de monitoramento global do Inpe e é fundamental para detectar pontos de calor em tempo real. A plataforma BDQueimadas é acessada diariamente por autoridades ambientais para orientar ações de combate e prevenção.
As queimadas em Mato Grosso são acompanhadas com atenção por órgãos ambientais e pela sociedade civil, especialmente devido ao impacto que causam na qualidade do ar e na saúde pública, além do agravamento das mudanças climáticas. As autoridades reforçam a necessidade de ações de fiscalização e conscientização para reduzir os focos e proteger os biomas.
