Mato Grosso registra 333 focos de calor em 24 horas, com maior concentração no Pantanal

AGU Cria Grupo para Combater Crimes Ambientais no Brasil
AGU Cria Grupo para Combater Crimes Ambientais no Brasil - Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

Mato Grosso tem enfrentado um cenário alarmante nas últimas 24 horas, com o registro de 333 focos de calor, conforme dados divulgados pelo Programa BDQueimadas do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). A última checagem foi realizada às 17h30 e revelou que a maior parte das ocorrências está concentrada em três importantes biomas brasileiros: Pantanal, Amazônia e Cerrado.

O Pantanal, conhecido por sua biodiversidade e áreas úmidas, foi o bioma mais afetado, registrando 141 focos de calor. Esses números acendem um alerta, pois a região sofre historicamente com queimadas que comprometem não só o ecossistema, mas também a fauna e flora únicas que habitam o local. Nos últimos anos, o Pantanal tem sido uma das áreas mais castigadas pelas queimadas, agravadas por longos períodos de estiagem e ações humanas.

Já a Amazônia, que é considerada o pulmão do mundo, contabilizou 110 focos de calor. Essa região, vital para o equilíbrio climático global, continua a ser impactada por desmatamentos e incêndios ilegais, além de sofrer com as mudanças climáticas, que tornam os incêndios mais frequentes e intensos. O impacto das queimadas na Amazônia tem gerado preocupações não só no Brasil, mas internacionalmente, devido à sua importância ecológica.

O Cerrado, bioma caracterizado por savanas e áreas de transição, registrou 82 focos de calor. Embora seja menos famoso que a Amazônia e o Pantanal, o Cerrado abriga uma rica biodiversidade e desempenha um papel crucial na manutenção dos recursos hídricos do país. As queimadas no Cerrado, muitas vezes associadas à expansão agrícola, continuam a ser uma ameaça constante à sua preservação.

Os dados foram coletados pelo Satélite Aqua Tarde, que faz parte do sistema de monitoramento do Inpe. Esse satélite é uma das principais ferramentas para detecção de focos de calor e incêndios em todo o território nacional, oferecendo uma visão detalhada das áreas afetadas. O monitoramento constante é essencial para a tomada de decisões rápidas e eficazes por parte das autoridades.

As queimadas em Mato Grosso e em outras partes do país são frequentemente resultado da combinação de fatores climáticos adversos, como a seca, e atividades humanas, incluindo o desmatamento e a agricultura. O governo e organizações ambientais têm intensificado os esforços para combater esses incêndios, mas o desafio é complexo e exige uma abordagem integrada de preservação e fiscalização.

Com o aumento dos focos de calor, as autoridades estaduais e federais estão em alerta para conter o avanço das chamas e minimizar os danos ao meio ambiente e às populações locais. A situação do Pantanal é especialmente preocupante, já que o bioma, além de ser um patrimônio natural, é também um dos principais destinos de ecoturismo no país.

Jornalista, escreve diariamente para o portal CenárioMT, atua nas categorias de Clima e Tempo. Possui experiência em produção textual e, atualmente, dedica-se à redação do CenárioMT produzindo conteúdo de alta qualidade aos nossos leitores.