A recente operação integrada de combate aos incêndios florestais no Pantanal do Mato Grosso trouxe resultados significativos, com uma redução de 12% na área atingida por queimadas em setembro deste ano em comparação à média histórica entre 2012 e 2024.
Os dados, divulgados pelo Laboratório de Aplicações de Satélites Ambientais (LASA) da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), indicam que entre 1º e 18 de setembro, 141.200 hectares foram consumidos pelo fogo, contra uma média de 160.308 hectares para o mesmo período.
O coronel Flávio Glêdson, comandante-geral do Corpo de Bombeiros Militar, destacou o trabalho incansável das equipes envolvidas. “Mesmo diante de condições desafiadoras, como temperaturas recordes e umidade crítica, o Pantanal queimou menos neste mês. Essa redução é uma prova do compromisso e da eficácia das nossas ações de combate”, afirmou Glêdson.
Desafios e estratégias para combater o fogo
Historicamente, setembro é um mês crítico para o Pantanal, marcado pelo aumento significativo de incêndios devido à seca intensa. A operação de combate, que se aproxima de 100 dias de atividades, conta com um planejamento estratégico e uma resposta rápida e coordenada. Centenas de bombeiros, além de viaturas, aviões e barcos, estão mobilizados para o enfrentamento do fogo. O monitoramento dos focos de incêndio é realizado com o apoio de tecnologia de satélites.
As ações de combate ao fogo não são realizadas apenas pelo Corpo de Bombeiros. Uma ampla colaboração envolve diversas entidades, incluindo as Secretarias de Infraestrutura e Logística (Sinfra) e Meio Ambiente (Sema), a Defesa Civil do Estado, o Centro Integrado de Operações de Segurança Pública (Ciosp), o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), além de forças armadas e organizações como o Sesc Pantanal.
Conscientização e prevenção do bioma de Mato Grosso
Além da ação direta de combate aos incêndios, a operação tem promovido campanhas de conscientização para a população que transita pela rodovia Transpantaneira. O objetivo é prevenir novos incêndios e enfatizar a importância da preservação ambiental.
O coronel Glêdson reafirmou o compromisso das equipes: “Este bioma está resistindo, e isso é reflexo do trabalho árduo de todos os envolvidos. Continuaremos enfrentando o fogo com todas as forças disponíveis, sem descanso, até que o último foco seja eliminado.”
Com esses esforços, o Pantanal, um dos ecossistemas mais ricos do planeta, segue sob proteção, em uma luta constante contra as adversidades ambientais. A redução das queimadas em setembro é um sinal positivo, mas o desafio de preservar essa biodiversidade continua.
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