A umidade do solo nos estados de Mato Grosso e Paraná atingiu os níveis mais baixos dos últimos 30 anos, enquanto Mato Grosso do Sul enfrenta a segunda menor umidade do solo nesse mesmo período. Esses dados alarmantes foram revelados pelo mais recente levantamento da EarthDaily Agro, que utiliza tecnologia de sensoriamento remoto por satélites para monitorar as condições ambientais.
O cenário crítico está afetando diretamente a agricultura na região. No Mato Grosso, a situação é particularmente preocupante para o início do plantio da soja. O modelo europeu ECMWF prevê que a umidade continuará baixa nos próximos 10 dias, e a previsão de temperaturas pode ultrapassar a média histórica em até 7°C, o que agravará ainda mais as condições adversas para a semeadura.
Em Mato Grosso do Sul, embora a umidade atual seja a segunda mais baixa dos últimos 30 anos, há uma expectativa de melhora nos próximos dias. No entanto, a umidade ainda deve permanecer abaixo da média. A situação é um pouco mais favorável do que em 2021, mas o impacto sobre as culturas ainda é significativo.
O Paraná também enfrenta desafios devido à baixa umidade do solo. Nos últimos 10 dias, as temperaturas no estado ficaram de 3°C a 7°C acima da média normal, e as precipitações foram inferiores a 3 milímetros. A falta de chuva tem prejudicado o desenvolvimento do trigo, uma das principais culturas do estado.
Para o restante do país, tanto o modelo ECMWF quanto o GFS indicam uma tendência geral de temperaturas acima da média. No Rio Grande do Sul, embora haja previsão de chuvas nos próximos dias, o volume esperado é insuficiente para compensar a baixa umidade do solo, limitando o impacto positivo esperado.
Impactos e medidas necessárias para o Mato Grosso
A combinação de baixa umidade e altas temperaturas tem implicações significativas para a agricultura, afetando o plantio e o desenvolvimento das culturas. Agricultores devem estar atentos às previsões meteorológicas e considerar ajustes em suas práticas agrícolas para mitigar os impactos das condições adversas.
Especialistas recomendam o uso de técnicas de manejo de água, como irrigação eficiente e práticas de conservação do solo, para ajudar a enfrentar a seca. O monitoramento contínuo das condições climáticas e da umidade do solo será crucial para a tomada de decisões informadas e para minimizar os danos às safras.
A colaboração entre agricultores, autoridades e pesquisadores será fundamental para lidar com este cenário desafiador e garantir a segurança alimentar e a sustentabilidade das práticas agrícolas no país.
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