Durante uma coletiva de imprensa na Assembleia Legislativa nesta quarta-feira (11), o secretário-chefe da Casa Civil de Mato Grosso, deputado federal licenciado Fábio Garcia (União), destacou a gravidade da crise hídrica que o estado e o mundo estão enfrentando. Segundo Garcia, Mato Grosso está vivenciando uma das piores secas de sua história, com a Baixada Cuiabana sem registrar chuvas há mais de 150 dias.
“O que estamos vivendo é uma das piores estiagens da história de Mato Grosso e uma das mais severas secas do Brasil. Esta crise hídrica não é restrita apenas ao nosso estado ou ao Brasil; é uma crise global”, afirmou Garcia. Ele apontou que a situação de seca e os incêndios florestais não se limitam ao Brasil, abrangendo também estados como Mato Grosso do Sul e Pará, além de países como Bolívia, Chile, Peru e até mesmo a Califórnia.
O secretário-chefe abordou os diferentes tipos de incêndios que afetam a região, mencionando que Mato Grosso enfrenta incêndios de origem natural, acidental e criminosa. “Já detivemos 17 pessoas por provocar incêndios de forma criminosa no estado. É uma situação alarmante”, ressaltou Garcia.
Diante da gravidade da situação, o Governo do Estado de Mato Grosso já decretou estado de emergência em mais de 50 municípios. O decreto foi reconhecido pelo Governo Federal, e o estado aguarda a aprovação de um plano de trabalho que visa a liberação de R$ 18 milhões. Esses recursos serão destinados à contratação de mais aviões, carros-pipa, equipamentos de proteção individual (EPIs) para brigadistas e apoio ao Corpo de Bombeiros.
O secretário-chefe enfatizou a urgência das medidas e a necessidade de uma resposta coordenada para enfrentar a crise. “Estamos à espera da aprovação do nosso plano para fortalecer as ações de combate aos incêndios e enfrentar a seca. A situação exige uma mobilização significativa e recursos adequados para proteger a população e o meio ambiente”, concluiu Garcia.
A crise hídrica em Mato Grosso e no mundo sublinha a necessidade de uma abordagem integrada e urgente para lidar com as questões relacionadas ao clima e aos desastres naturais, reforçando a importância da colaboração entre diferentes esferas de governo e a sociedade.
